A partir da internacionalização dos produtos e serviços oferecidos pelo Rio Grande do Norte, as empresas deverão aproveitar a demanda represada por causa da pandemia e pela disparada do dólar para recuperar parte do faturamento e compensar perdas geradas pela crise agravada pela covid-19, segundo o consultor do Sebrae, David Góis. Os resultados já são esperados para o próximo ano. Ele acredita ainda que a atuação estrangeira abre espaço para contratação de mão de obra, além de resguardar o escoamento da produção em caso de crise no mercado interno.
“Esse número de empresas buscando se qualificar para a exportação nos dá uma esperança muito grande em termos econômicos para o Estado. É a oportunidade para o Rio Grande do Norte se consolidar em outros mercados, vendendo produtos de alto valor agregado, mesmo que seja em pouca quantidade. Isso tudo melhora o ecossistema de negócios, essas empresas vão ter mais clientes nacionais e internacionais e para isso vão empregar mais pessoas, contribuir com a economia do Estado e deixar o Rio Grande do Norte muito mais relevante no mercado internacional”, completa
O titular da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), Guilherme Saldanha, afirma que o governo estadual mantém diálogo aberto com o setor para destravar barreiras burocráticas e acelerar o processo de análise de licenças ambientais, com o objetivo de incentivar a participação de empresas interessadas em exportar. “A gente é muito atento a esse setor, que precisa de gente nova, jovem, entrando neste mercado e isso tudo é muito importante. As exportações têm benefícios fiscais, o Governo do Estado tem devolvido o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], através da Lei Kandir, isso era um débito antigo, sempre se pagava com atrasos de vários anos, mas o governo da professora Fátima tem dado uma atenção. Estamos zerando esse ano todo o passivo que existia”, comenta.
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