Suspeito de matar psicóloga em Assu seguirá preso, decide Justiça

Suspeito de matar psicóloga está custodiado em Caraúbas, no Oeste potiguar | Foto: reprodução

O principal suspeito de matar a psicóloga Fabiana Veras, João Batista Carvalho Neto, teve a prisão em flagrante homologada pela Justiça nesta quinta-feira (25). O homem passou por audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (25), na Central de Flagrantes Polo Mossoró. O suspeito seguirá preso e com prisão convertida em preventiva, conforme decisão da magistrada Andressa Luara Holanda Rosado Fernandes.

A morte de Fabiana Maia Veras aconteceu no fim da tarde da terça-feira (23). Após ser encontrada, foi constatado que o corpo da vítima estava amarrado e com sinais de violência, apontando uma possível luta corporal. João Batista foi preso em Natal, na tarde dessa quarta-feira (24), em um condomínio de Nova Descoberta e chegou a descartar itens utilizados supostamente no homicídio dentro desse condomínio. Policiais chegaram a encontrar uma arma, gandolas e socos ingleses, entre outro equipamentos.


O suspeito de matar a facadas a psicóloga Fabiana Maia Veras, em Assu, teve uma relação amorosa no passado com uma amiga da profissional e procurou a vítima para obter informações sobre a ex-namorada. Essa é principal linha de investigação do crime por parte da Polícia Civil. O homem é servidor público do Tribunal de Justiça do RN (TJRN) e estava afastado do trabalho, confirmou a Polícia Civil.


Segundo as informações da Polícia Civil, só a investigação vai confirmar a motivação do crime por parte do servidor do TJ, mas apurações preliminares dão conta de que o objetivo do suspeito era obter informações dessa amiga da vítima, que teria sido aconselhada pela psicóloga no passado.


“A suspeita inicial é de que ele provocou esse contato com a vítima através de redes sociais. O objetivo dele era passional mas era com outra pessoa. O intuito dele realmente era ter informações da ex através da psicóloga”, declarou o delegado Márcio Lemos, da DHPP. A investigação está com a Delegacia de Polícia Civil de Assu e pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “A investigação ainda vai dizer o grau de envolvimento entre a vítima e o suspeito. Nós apreendemos o celular dele. Vou representar pela extração dos dados e com autorização judicial vou entregar para um analista que fará a análise dos dados e entregar um relatório A partir de conversas que acredito que tenha com a vítima, aí vamos ter a informação mais precisa”, acrescentou o delegado Valério Kurten, de Assu.


Já a defesa do suspeito aponta a possibilidade de incapacidade mental. Para os advogados, ele seguia em surto na manhã desta quinta-feira e, até o momento, não havia dado declarações claras sobre o que teria acontecido entre ele e a vítima.


A defesa informou que ele estaria afastado do trabalho, no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, desde 2023, com sinais de “incapacidade mental” apontados em laudos psiquiátricos. O advogado André Dantas afirmou que os laudos do cliente serão apresentados em momento adequado. “Isso não é um álibi de defesa”, disse.

O crime

A mulher, identificada como Fabiana Maia Veras, foi encontrada morta dentro de uma residência em Assu, na região Oeste Potiguar, durante o fim da tarde dessa terça-feira. De acordo com a Polícia Militar, o corpo da vítima estava amarrado e com sinais de violência, apontando uma possível luta corporal.

Câmeras do Circuito Fechado de Televisão (CFTV) da residência da psicóloga, cedidas pela Polícia Militar, mostram que por volta das 16h40 da terça-feira um homem de estatura baixa, forte, vestido com uma camisa social, calça jeans, luvas e rosto coberto com pano árabe aguardava na frente do local. Ela demora a reconhecê-lo, mas mesmo assim abre a porta.

Após o homem entrar, a vítima mostra a clínica, que funcionava no mesmo local, e ao mesmo tempo demonstrava estar surpresa com as roupas dele. Eles entraram em um quarto da residência e após 20min o homem sai com um pano coberto de sangue e fica aguardando um veículo do tipo Peugeot Sedan na cor preta e sem calotas.

Horas antes do crime, a psicóloga publicou um vídeo nas redes sociais falando com os seguidores sobre a importância da positividade e a importância de evitar falar palavras negativas sobre si. Fabiana era bastante ativa no Instagram, com dicas de saúde mental e mostrando a rotina intensa de treinos.

Tribuna do Norte

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