O Rio Grande do Norte é o principal protagonista em geração de energia eólica no Brasil. O Estado, atualmente, tem uma potência fiscalizada (em operação) de 6,5 gigawatts (GW), o que corresponde a 30,44% do total no País, segundo levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que monitora dados das energias renováveis.
A potência outorgada para o Estado atinge 11 GW, em 343 empreendimentos, dos quais 213 em operação. Ao lado da Bahia, o RN é o Estado com mais potência outorgada para os próximos anos, com previsão de 3,1 GW, em 86 empreendimentos.
Em reportagem publicada pela TRIBUNA DO NORTE no último dia 30 de janeiro, interlocutores, especialistas da área e empresários do setor foram unânimes em afirmar que as mudanças na legislação poderiam afetar a liderança do RN no setor e a fuga de investimentos para outros estados.
“O RN é o maior gerador do Brasil, vai continuar sendo nos próximos anos e tem um grande potencial para atrair investimentos offshore. A governadora viajou à Europa, ela tem chamado os investidores para o Estado, mas eles só virão se realmente sentirem segurança jurídica, na regulação ambiental e de forma geral. É importante zelar por essa regulação”, aponta a presidente da ABBEólica, Elbia Gannoum.
Nos seis primeiros meses de 2021, o Governo do Estado captou R$ 5,35 bilhões em investimentos contratados para a energia eólica no Rio Grande do Norte. Este valor representa 64% do total contratado em 2020 – cerca de R$ 8,3 bilhões. O RN tem 222 parques em atividade.
foto: Alex Régis
