Na Chapada do Apodi, há 1.276 poços que garantem irrigação

A Secretaria de Recursos Hídricos fará novos estudos para apurar as condições dos mananciais subterrâneos da região.

Estudo técnico desenvolvido e concluído neste ano pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) apurou que há, hoje, perfurados e em operação na Chapada do Apodi 1.276 poços profundos, sendo 945 no aquífero de Jandaíra e 331 no do Açu, ambos beneficiando municípios cearenses e potiguares na divisa dos dois estados. 

A profundidade dos poços varia de 90 metros a mais de 400 metros, como revela uma Nota Técnica elaborada pela SRH a que esta coluna teve acesso.

Diante da escassez de chuvas para a recarga dos dois aquíferos, e para atualizar as condições quantitativas e qualitativas de cada um deles, a Cogerh promoverá no dia 27 do próximo mês de dezembro uma licitação para escolher e contratar uma consultoria especializada nesse tipo de serviço.

A área de abrangência desse trabalho compreenderá os municípios de Alto Santo, Aracati, Icapuí, Jaguaruana, Limoeiro do Norte, Potiretama, Quixeré e Tabuleiro do Nordeste, que compõem a Chapada do Apodi na geografia cearense.

De acordo com a Nota Técnica da SRH, a segunda maior reserva de água subterrânea do Ceará está localizada na porção cearense da Bacia Sedimentar Potiguar, na divisa com o Rio Grande do Norte, onde se insere a Chapada do Apodi. 
Nessa bacia, diz a Nota Técnica, “encontram-se os aquíferos J
andaíra e Açu. (…) A porção que pertence ao Ceará corresponde à borda noroeste da Bacia Potiguar com 4.768 km2, que equivalem a 8% da área total da formação. É importante frisar que as áreas do território cearense envolvem parte das regiões hidrográficas do Baixo e Médio Jaguaribe”. 

A Nota Técnica adianta:

“Os aquíferos Jandaíra e Açu são explotados principalmente para irrigação de culturas frutíferas voltadas para exportação. O aquífero Açu é confinado, em boa parte, pela Formação Jandaíra, ensejando a captação de água de poços com profundidade variando de 350m a 470m, com vazões acima de 100 m3/h. 

“Na área não confinada, os poços são menos profundos, podendo chegar no máximo a 200 metros. No caso do Jandaíra, que é de natureza livre e de rápida recarga, os poços que captam água desse aquífero apresentam vazões de até 250 m3/h, em geral com profundidades de no máximo 90 metros.” 

O engenheiro Francisco Teixeira, titular da SRH, diz à coluna:

“O cadastro de poços já foi atualizado. Os serviços a serem contratados por meio da Licitação de dezembro serão novas campanhas de análise da qualidade da água, como, também, cálculos para atualização da reserva renovável com a utilização de modelos matemáticos. Os estudos serão desenvolvidos tanto para a formação Jandaíra, quanto para a formação Açu.”

Teixeira acrescenta: 

“A estimativa de reserva de um determinado aquífero é aprimorada ao passo que novos poços são construídos e explorados. Com os dados de vazão extraída e com os níveis estático e dinâmico dos poços existentes e cadastrados, pode-se, através de modelos matemáticos, calcular o volume disponível para utilização. Deste modo, com a atualização do cadastro, coletando informações dos novos poços construídos, será possível aprimorar o conhecimento do aquífero.”

Este é um assunto que interessa a todo o universo da agropecuária cearense.

GUARACIABA UNIVERSALIZA OFERTA DE ÁGUA

Informa a Prefeitura de Guaraciaba do Norte, um município localizado na Chapada da Ibiapaba: 100% de sua população de 40.921 habitantes, dos quais 22.506 residem na cidade-sede, estão sendo abastecidos com água tratada. 

É primeiro município do Nordeste a alcançar a meta da universalização, que beneficia também os distritos de Várzea dos Espinhos, Martinslândia, Morrinhos Novos, Mocambo e Suassunha e várias vilas e povoados da zona rural do município.

Essa universalização foi possível porque a Prefeitura de Guaraciaba celebrou, na atual gestão, convênios com os governos do Estado e da União e, também, com a Funasa.

Fica provado que, quando a gestão é eficiente, as coisas acontecem.

Legenda: No vizinho Rio Grande do Norte, a Casa dos Ventos implanta um dos maiores parques eólicos do mundo

Foto: Divulgação

Diário do Nordeste

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