A Prosa de Artista conversa com Dionízio Cosme Neto. O filho de Luiz Cosme de Morais e Maria Antônia Carlos de Morais, ficou conhecido no cenário artístico e cultural do Rio Grande do Norte como Dionízio do Apodi. Ator, diretor, escritor, pesquisador, jornalista e radialistas, entre tantas outras atividades. Ele começou a fazer teatro no Grupo de Teatro Universitário de Mossoró (GRUTUM), ligado a UERN, ainda quando cursava Ciências Sociais, no ano de 1998. De participante das oficinas do Grutum passou a ser ator, e depois coordenou o grupo universitário onde desenvolveu diversos projetos em Mossoró.
Em 2002, junto com outras cinco pessoas (quatro delas vindas do próprio grupo da universidade), fundou o Grupo de Teatro O Pessoal do Tarará, onde passou a dirigir e atuar em rádio-novelas. Dionízio do Apodi atuou na maioria dos espetáculos d´O Pessoal do Tarará (Sanduíche de Gente/2003, O Inspetor Geraldo/2005, A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró/2006, A Ventania de Shakespeare/2009, O Pulo do Gato/2009 e Casca de Noz/2011.
No grupo só não dirigiu o espetáculo Sanduíche de Gente, mas a partir de sua primeira direção, em O Inspetor Geraldo, seus espetáculos são muito bem aceitos pelo público e crítica por onde passa (‘A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró/2006’, ‘Assombrações/2008’, ‘A Ventania de Shakespeare/2009’, ‘O Pulo do Gato/2009’, ‘Baby, eu te amo/2010’ e ‘Casca de Noz/2011’. Atuou, dirigiu e produziu o Grupo de Teatro O Pessoal do Tarará, com quem participou de festivais e cursos em todo o país, além de ministrar oficinas. No grupo O Pessoal do Tarará foi editor de um jornal que circulou em todo o país, com entrevistas e artigos sobre teatro.
Conquistou diversos prêmios, dentro e fora do Rio Grande do Norte, como ator, diretor e ‘homem de teatro’. Dentre as inúmeras premiações o maior destaque pode ser dado ao Prêmio de Artista de Teatro do Ano em 2008, em seu Estado, Rio Grande do Norte, oferecido pelo Diário de Natal.
Paralelo ao grupo, Dionízio do Apodi participou de grandes espetáculos de Mossoró, como o Oratório de Santa Luzia, Auto da Liberdade e Chuva de Bala no País de Mossoró.
Em 2013 foi trabalhar com seu mestre Cacá Carvalho, ator e diretor, na Casa Laboratório para as Artes do Teatro de São Paulo, onde desenvolveu um trabalho diário de pesquisa e temporadas de apresentações do espetáculo Aquela Infância Toda, dirigido pelo próprio Cacá. Antes de voltar para o Rio Grande do Norte em 2017, ainda atuou no espetáculo Epístola.40, que narrava um despejo na Favela do Boqueirão, na capital paulista.
De volta ao seu estado morou três anos em Apodi, onde foi responsável pelo desenvolvimento de diversos projetos culturais no município, como Caravana Natalina, Festival Sociocultural, Carnaval Sociocultural, projeto Casa de Taipa e Mestres do Apodi, que recentemente virou uma série com sete episódios num projeto em parceria com sua companheira e artista Renata Soraya.
Durante a pandemia criou um programa cultural pela internet intitulado Alumiar – o sarau da gente, reunindo gente do Brasil inteiro; dirigiu um espetáculo chamado A Procissão, baseado em Morte e Vida Severina, e está em trabalho de criação do espetáculo Alarido, com a dançarina Renata Soraya.
Além de seu trabalho no teatro, foi radialista profissional, tendo trabalhado na Rádio Rural de Mossoró, por três anos, exercendo funções de redator, repórter e locutor entrevistador, nos mais variados programas (economia, variedades, esportes, noticiários). Também trabalhou como editor de esportes do Jornal Gazeta do Oeste, e repórter no Jornal de Mossoró.
Dionízio do Apodi, é Imortal e Sócio-Fundador da Academia Apodiense de Letras – AAPOL.
Venha com a gente acompanhar essa prosa arretada de boa!
Por Fabiano Souza
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