Centenário do Educador Paulo Freire

Paulo Freire é o autor da teoria de que a formação de cidadãos críticos impede alienação, e por isso, nem todos os governos querem cidadãos educados criticamente.

Se estivesse vivo, Paulo Freire, Patrono da Educação Brasileira, completaria 100 anos neste domingo. Terceiro teórico mais citado nas universidades de humanas em todo o mundo, ele ensinou que a escola deve entender a realidade do aluno e desenvolver o censo crítico.

Paulo Freire é o autor da teoria de que a formação de cidadãos críticos impede alienação, e por isso, nem todos os governos querem cidadãos educados criticamente. Em vida ele incentivou a educação de adultos e a alfabetização com palavras que integram a realidade do aluno.

Paulo Freire (1921-1997) nasceu em Recife (PE). Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando sua formação para o magistério.

Em 1963, em Angicos (RN), chefiou um programa que alfabetizou 300 pessoas em um mês. Desejava, como diretor do Programa Nacional de Alfabetização do governo João Goulart, alfabetizar em quatro anos dezesseis milhões de adultos, sonho interrompido pela eclosão do golpe civil-militar de 1964.

Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar. Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, Pedagogia do Oprimido. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária.

Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São Paulo. Freire foi casado duas vezes e teve cinco filhos.

Foi nomeado doutor honoris causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. É o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais: é o terceiro pensador mais citado do mundo em universidades da área de humanas. O levantamento foi feito em 2014 através do Google Scholar – ferramenta de pesquisa para literatura acadêmica – por Elliot Green, professor associado da London School of Economics. Segundo ela, Freire é citado 72.359 vezes, atrás somente do filósofo americano Thomas Kuhn (81.311) e do sociólogo, também americano, Everett Rogers (72.780).

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